Angola vai esconder a verdade até quando?

Der Spiegel: Álvaro Sobrinho é suspeito de ter beneficiado, de forma não justificada, de 433 milhões de dólares. A esta soma, junta -se 182 milhões de dólares que o luso angolano terá recebido em nome próprio, em duas offshores, perfazendo o total de 615 milhões de dólares /499 milhões de euros. Na documentação, constam extractos bancários, ficheiros Excel, que comprovam o depósito em numerário (dinheiro vivo), de 277 milhões de dólares, numa conta do BESA, onde de seguida foi alocado em entidades controladas por Sobrinho. Há ainda, o levantamento de 50 milhões de dólares, em dinheiro vivo, e de 25 milhões de dólares, das contas do BESA, para empresas controladas por Sobrinho. Os nomes primários associados a movimentações, oscilam entre familiares e amigos de Sobrinho, estando em posse do Consórcio Internacional para o Jornalismo, que colabora com o jornal Expresso, de Portugal. Há, como disse Ricardo Salgado, relação entre o roubo de Sobrinho e várias figuras do generalato angolano, membros do Bureau político, empresários, daí o enorme silêncio e promoção de outros casos. Como vai Angola promover o combate a corrupção e omitir o roubo de 5,7 biliões de dólares, que se fizeram sentir nas contas do BES, forçando o BCE a expurgar os bancos angolanos e limitando o acesso ao dólar e ao euro? Sobrinho tem os bens arrestados em Portugal, tal como família e amigos, não visita o país, pois pendem contra si, investigações, nomeadamente: suspeitas de irregularidades, abuso de confiança qualificada, burla qualificada e compra de decisões judiciais.


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