Ó Mar salgado...


Além do sal, você ainda engoliu o que nao dá para sentir o sabor – muito menos ver a olho nu. Isto porque há muita vida invisível na água do mar: microorganismos que, de tão pequenos, precisam ser colocados no microscópio eletrônico para serem vistos com nitidez.
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Foi exatamente o que fez o fotógrafo norte-americano David Littshwager. Ampliando 25 vezes o conteúdo de uma pequena porção de água marinha, ele conseguiu identificar uma série desses bichos. A foto foi chamada “One dip of the hand net”, algo como “um mergulho com uma rede de mão”. Você pode vê-la neste link aqui.
Plâncton, bactérias, ovas de peixe, larvas de caranguejo e verminhos não identificados. Pode não parecer, mas tudo isto está aí,  cobrindo a superfície de restos de self-service de baleia. Se conseguíssemos ver tudo isso na hora do mergulho, a cara do mar seria mais ou menos esta aqui por baixo.


Iguaria de menos de meio centímetro e um aspecto transparente, a larva de caranguejo (4) garante uma crocância para a refeição. As cianobactérias (5), uma das primeiras a povoar o fundo dos mares, não poderiam ficar de fora. E que tal ainda um verme do mar (1), de corpo segmentado, ciliado, e fresquinho? Completam a lista deliciosas ovas de peixe (3) separados dos cuidados dos pais, e os quetognatas (2), estranhas criaturas também transparentes, que são as maiores predadores de todo o plâncton.
É claro que os componentes da água podem variar de acordo com a praia. Dependendo do lugar que você escolher tomar um banho, a variedade de seres vivos podem ser um tanto mais abundante – e a presença de outros sólidos boiando na água também.
Boca fechada não entra mosca, já diria o ditado. E o mesmo vale para a água do mar. Para garantir que não vai acabar ingerindo um mini-banquete de fauna marinha, o melhor é se esforçar para não engolir nenhuma gota d’água enquanto estiver aproveitando seu dia de sol.
Boa Praia. .. bom mergulho!

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