ASSIM VAMOS NÓS!

     

Curiosa a intensidade com que a crise trás á tona da realidade os meandros do mercado. Os novos responsáveis, ora então quadros das instituições que assumiram veem agora reclamar as condições técnicas para desenvolverem trabalho!

Vejamos:

Quando alguém é nomeado para assumir determinada função , independentemente dos critérios de selecção é com o objectivo de resolver e desenvolver determinado sector , logo se aceita o lugar corre riscos e aceita o desafio. Mas não e´esta a questão que me proponho questionar,é sim a de se este elemento que aceitou o desafio conhece ou não a casa que frequenta! 

     O caso do sector bancário é rico em situações desta indole. Hoje para alem da desmistificação de para aonde ia grande parte das divisas vemos o mais alto responsável deste sector económico a querer abandonar o barco porque diz não ter condições  para gerir ; pergunto-me: Não faz ele parte dos quadros do sector que ajudou a chegar o sector ao ponto de descalabro total em que se encontra hoje? Sacudir a água do capote é a melhor saída, quando afinal foi nomeado com o intuito de que dele saiam soluções!! O mercado de divisas sempre foi de meandros muito escuros, enquanto o pacato cidadão que ganha honestamente e até consegue montar o seu negócio luta por amealhar algumas divisas para negociar mercadoria ou projectar o futuro dos filhos em escolas no exterior, dezenas de empresas com titulares estrangeiros monopolizam o mercado e com a conivencia de influentes personalidades (in Expresso) continuam a exportar divisas para fins duvidosos.As Kinguilas agora são o alvo, atenção alvo não do controlo financeiro do Pais mas da Policia que se desdunha em apreender as notas verdes e a ficar com elas,afinal, que está a fazer o controlo de instituições do Banco Nacional? Promovem leis de ordenamento financeiro sem medirem as consequências?As Kinguilas, há quem proponha a sua agremiação em cooperativa e associações...voltamos ao mesmo! Querem liberalizar um sector cujos componentes não estão estruturados e aonde  não há uma supervisão credível? 

Mostrem-me um Pais no mundo em que o mercado financeiro ou cambial seja tratado como aqui em Angola...perdão há ,ainda há alguns para além do Angolano, os mercados falidos e com corrupção institucionalizada!

         Meus caros , enquanto o mercado de capitais for gerido por uma instituição descredibilizada, houver um elevadíssimo grau de analfabetismo profissional-bancário, aonde por exemplo os créditos são atribuídos sem garantias entre muitos outros factores, a vulnerabilidade do sector é apetecivel aos carteis que lavam dinheiro e o canalizam para fins duvidosos e nós, cá estaremos para suportar as sanções da ordem internacional que de forma repetitiva nos alerta para a insolvência dos nossos mercados e das nossas instituições. Soluções podem surgir de qualquer lado, umas menos outras mais crediveis,mas, o fundamental é que a imparcialidade e a transparência  sejam o âmago da actividade e que os eleitos para a renovação sejam pessoas com berço.