É Cacimbo em Angola!
È assim o pôr do Sol no Leste de Angola em pleno Cacimbo (época do Ano em que as temperaturas descem, os ventos sopram e os solos secam!).
Mais ao centro do território as condições climatéricas são identicas, as temperaturas são ligeiramente mais baixas ,mas, é Cacimbo! Estamos em Maio ...A Sul, faz um frio de rachar, a geada queima a erva rasteira, as noites são estreladas e os caçadores furtivos aproveitam as noites claras para promoverem a extinção de espécies milenares! OS ELEFANTES.
A consciência leva o seu tempo a amadurecer, tempos houve em que se participava nas caçadas das "terras do fim do Mundo" ,o Kuando Cubango! Caçava-se por necessidade e prazer, escolhiam-se os animais a abater, coleccionavam-se troféus, mas.. não se abatiam sem critério. Os rastos eram seguidos por pisteiros semanas a fio até se encontrar o animal "ideal", o porte pretendido , as pontas de marfim idolatradas, o tamanho daquele que naturalmente foi escorraçado da manada e sem forças para defender o clã se afasta e reconhece que está a viver os ultimos dias da virtude de ter passado pela Terra. Caminha deixando um rasto de quem já não tem forças para levantar as apatas do areal e sem perceber denuncia o trajeto! Atrás vem um pisteiro que conhece o andar , sente.lhe o cheiro, sabe a que velocidade se desloca e aonde vai parar para descansar ou beber água...
Passaram-se algumas horas, para o pisteiro, o caçador que espera o sinal e o Elefante que não percebe que pela ultima vez vai sentir o fresco da lama no dorso, o cheiro das espinheiras e o ruido dos sapos e das cigarras numa noite e luar.
A azáfama é cintilante,á que desfazer o animal rapidamente, partilhar o dspojo e entregar os troféus .
Fica a espinheira ferida que serviu de amparo nos ultimos momentos, fica a terra espezinhada e pintada de rubi.
Hoje que ganhamos consciencia reconhecemos que partilhamos como Homens os erros da nossa espécie, aos poucos e muitas vezes de forma inconsciente, embebidos pela sociedade que nos cria e guia vamos exterminando o que de belo temos , mesmo os poucos que gritam para pararmos com esta conduta são esquecidos e marginalizados.
Fica o alerta: Até quando ?
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